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  • Foto do escritorMulheres Cannábicas

Edibles, comestíveis cannábicos

10 de dez, 2017, Ana Cavalcanti





Edibles são comidas preparadas com infusão da cannabis. Podem ser diferentes tipos de comida : bolos, biscoitos, granola, chocolates, sucos, chás, vitaminas, molhos. Podem também receber infusões de cannabis que foram preparadas a partir de processos distintos, tudo varia de acordo com o objetivo e o gosto de quem consome.

Ingerir alimentos com princípios ativos encontrados na cannabis sativa é uma via alternativa de consumi-la. Isso implica uma vasta área para ser explorada em termos de efeitos. É uma verdadeira investigação dos potenciais da planta, de seus componentes e suas combinações. As características da onda dos "comestíveis" são diferentes daquelas tradicionais quando fumamos ou vaporizamos. Eles podem ser uma excelente escolha, se consumidos de maneira responsável. Para realizar um consumo consciente e obter uma experiência positiva , é importante se atentar para alguns aspectos relacionados à ingestão da cannabis.

Pense sobre o que vai comer!

Como qualquer outra coisa que vamos ingerir, é muito importante saber a origem e a composição do que estamos botando pra dentro do nosso corpo. Isso inclui a comida e a maconha na comida! Avalie se aquele alimento e a quantidade e qualidade de maconha são adequados pra você. Muitas das comidas de maconha são doces ou gordurosas, mas há opções saudáveis ou mesmo veganas. Outro fator importante a ser considerado é que algumas comidas propiciam que a cannabis comece a ser absorvida pela mucosa da boca, o que torna o efeito mais rápido que o normal.

Cuidado com a dose!

Muitas das pessoas que têm experiências negativas ao comer comidas com maconha erram a mão na dosagem. Isso é compreensível porque a forma mais comum de dosar é olhando a quantidade de substância no olho ou em uma balança. Entretanto, quando a comida vem pronta, o teste do olho deixa a desejar. Mesmo quando sabemos a quantidade exata de THC utilizada pra preparar a comida, é incomum para muita gente medir a chapação em miligramas de THC. Ainda assim, uma dose leve para começar seria entre 5 e 10 miligramas de THC. Vale recordar que, às vezes, comidas têm 2 ou 3 doses. Cuidado pra não esquecer disso se o cookie estiver muito gostoso. Outro erro comum na hora de fazer a gestão da quantidade do que vai ingerir é a falta de paciência. O efeito de comer demora muito mais pra chegar. Espere e confira se realmente precisa de mais!

Lembre-se: você sempre pode comer, ver o efeito e , qualquer coisa, comer mais depois, mas nunca pode descomer o que já comeu. Se for cozinhar, tente relacionar a dosagem com o quanto espera que uma pessoa coma.

Via de metabolismo

Quando você ingere um alimento feito com cannabis, parte do THC percorre o caminho do sistema digestivo. Essa trajetória explica a demora , para começar o efeito, se comparada a outras formas de ingestão. Depois de passar pelo estômago, o THC é metabolizado pelo fígado que o converte em 11- hydroxy-THC, um metabólito bastante efetivo em atravessar a barreira hematoencefálica, logo, que produz um efeito potente . Então, parte da diferença entre comer um choizen e fumar é em razão dessa transformação da substância. Note, também, se está com o estômago vazio, pois isso interfere na digestão. O efeito é mais intenso, tem duração mais prolongada e é mais focado no corpo. É muito utilizado por pessoas com dor, insônia, náusea ou falta de apetite.

Atenção para não parar em mãos erradas

Garanta que quaisquer comestíveis com maconha fiquem longe do acesso de crianças e animais ou possam ser consumidos sem querer. Os comestíveis requerem muita atenção para ninguém consumir por engano.

É preciso ter atenção na hora de ingerir e preparar esses alimentos. Como qualquer nova forma de ingerir uma substância, é preciso começar devagar para descobrir os limites do próprio organismo. Esses produtos já são parte de um mercado estabelecido em muitos lugares, como Canadá e alguns estados dos EUA. Outros países como Colômbia, Chile e Uruguai já contam pessoas experientes que possuem suas marcas relacionadas a produtos de culinária cannábica. Em muitas cidades do Brasil, comidas com maconha são vendidas em bares e nas ruas. Porém, a ilegalidade relacionada a esse comércio resulta em perigos. A falta de profissionalismo leva algumas pessoas a usarem uma erva de má qualidade ou não se preocuparem com a escolha dos ingredientes ou com a dosagem. Em lugares em que esse tipo de comércio é comum, todas as comidas são testadas e têm a quantidade de cannabinóides medidas. É difícil regular esses produtos porque se tratam de substâncias com efeitos psicoativos e alimentos, dois aspectos extremamente controlados da nossa vida diária. Por isso mesmo, os próprios consumidores precisam se ligar, já que nossas agências reguladoras preferem não ver as imensas possibilidades dos comestíveis com maconha.

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