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Foto do escritorMulheres Cannábicas

Melito

Atualizado: 19 de mai. de 2021

por Ana Cavalcanti

Já ouviu falar de extração de maconha feita com mel?

Fazer extrações com as plantas é uma prática milenar. Extrações com maconha também são feitas há muito tempo, com o propósito de retirar da planta substâncias que têm usos diversos. A ideia é conseguir separar e concentrar essas substâncias em algum solvente para direcionar o uso da forma desejada. Na cannabis, os terpenos, flavonóides e os canabinóides são algumas das substâncias que buscamos separar ao fazer uma extração. Além de efeitos terapêuticos, essas substâncias são responsáveis pelo sabor e pelo cheiro da planta.

Quando falamos da maconha, diferentes solventes podem ser utilizados para extrair essas substâncias. Nesse caso, o solvente é o mel. Algumas pessoas vão chamar essa preparação fitoterápica de Melito. Cada tipo de extração e de solvente utilizado resulta em um preparado com características diferentes.



Nesse nosso experimento, deixamos a material vegetal (maconha colhida, dichavada e fresca) imersa em mel por mais de 50 dias. Usamos uma vidraria específica para fazer esse processo, chamada curcubita. Ela tem um balão de boca larga em baixo, em formato de útero. E uma “tampa”, chamada de capitelo cego. Em conjunto, essas duas peças da vidraria imitam o formato do planeta terra, o que permite a circulação da água da planta, que fica retida nas canaletas da parte superior da vidraria e que precisamos tirar diariamente. Essa circulação vai abrindo a planta e facilitando o processo de extração. Como a planta foi colocada fresca, esse processo de retirada da água é fundamental, para evitar que o mel crie fungos. O sol foi o nosso fogo. Fogo baixo, porque acima de 40 graus o mel pode fazer mal pra saúde. A lua, a chuva, o orvalho, e as plantas também influenciam no resultado final dessa medicina.

Começamos o processo na lua crescente e finalizamos na lua minguante, quase nova.




Vários componentes da cannabis são fotossensíveis, então é importante cobrir a vidraria com um pano ou papel aluminío para impedir que a luz do sol esteja em contato constante com o material vegetal.

Outra opção seria também secar e descarboxilar a maconha antes de colocar na curcubita. Ou então, fazer em um potinho de vidro normal, com uma cobertura que permita a mistura respirar. Nessa segunda opção é bem importante que a erva esteja seca pra não estragar.

Já ouvi também que você pode usar a planta fresca, imersa no mel, em um pote de vidro fechado. Mas você colocaria um guardanapo entre a tampa e o vidro, trocando-o sempre que estiver úmido. Assim, você permite que a umidade saía da mistura e o mel não estrague.

Cheiro incrível, aspecto maravilhoso. Tudo de bom. E vocês, já fizeram alguma extração no mel? Como fizeram?



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